domingo, 6 de janeiro de 2013

Sábado

Comecei a ler ontem a noite, quando faltou luz....assim com luz de velas.

Lembro-me de, quando adolescente, ver as chamas amarelas das velas do sabá dançando aleatoriamente sobre os cilindros brancos de parafina que as alimentavam. Eu era jovem para enxergar algum romantismo na luz de velas, mas ainda assim ela me parecia mágica – em virtude das imagens tremulas criadas pelo fogo. Moviam-se e se transformavam, cresciam e desvaneciam sem nenhuma aparente causa ou propósito. Certamente, eu acreditava , devia haver um motivo razoável para o comportamento da chama, algum padrão que os cientistas pudessem prever e explicar com equações matemáticas. “A vida não é assim”, disse meu pai. “Às vezes ocorrem coisas que não podem ser previstas”.

 Leonard Mlodinow.